A autoridade pedagógica diante da tecnologia algorítmica de reconhecimento facial e vigilância

TL;DR: Vaniaz et al. as mentioned in this paper investigated how to identify a student's desire to "be in the teacher's place" in a society whose algorithmic technology of facial recognition informs the behavioural patterns of the student to the teacher.

Abstract: Historically, the identification of the teacher as a pedagogical authority by the students has been observed. However, how can one identify a student’s desire to “be in the teacher’s place” in a society whose algorithmic technology of facial recognition informs the behavioural patterns of the student to the teacher? The answer to this question was precisely what fostered the elaboration of the following goal: to reflect critically about the consequences of the fact that inorganic digital algorithmic authority provides the teachers the organic assessment guidelines and Este artigo é resultado dos projetos de pesquisa financiados pelo CNPq: Química verde e experiência formativa (no 311000/2014-2); O laboratório de Química como locus de experiências formativas (no 421096/2016-0); Química verde e tecnologias da informação e comunicação (no 310149/2017-7); Cyberbullying de alunos contra professores: a autoridade do educador diante do aparelho celular (no 309549/2017-5). 1.Universidade Federal de São Carlos – Departamento de Química/ Programa de Pós-graduação em Química – Programa Pós-graduação em Educação – São Carlos (SP), Brasil. E-mail: vaniaz@ufscar.br 2.Universidade Federal de São Carlos – Centro de Educação e Ciências Humanas – Departamento de Educação – São Carlos (SP), Brasil. E-mail: dazu@ufscar.br A autoridade pedagógica diante da tecnologia algorítmica de reconhecimento facial e vigilância Educ. Soc., Campinas, v. 41, e233820, 2020 2 Introdução N a história das relações entre docentes e discentes destaca-se, entre outros aspectos, a maneira como o professor, na condição de autoridade pedagógica, foi considerado figura decisiva para a formação (Bildung) do alunado. Evidentemente, tal processo formativo não se restringiu ao domínio dos conteúdos de uma determinada disciplina, mas também se fundamentou em suscitar nos alunos a sensibilidade necessária para que tais conteúdos fossem identificados como produtos da história das relações humanas. Este processo formativo de sensibilização poderia ser ilustrado no exemplo dos alunos que, ao aprenderem o que autores como Sartre e Paulo Freire escreveram sobre o conceito de preconceito, sensibilizariam-se em tentar transformar, por meio do exercício de reflexão crítica, as próprias atitudes preconceituosas tomadas dentro e fora das escolas. A dimensão ética da formação (Bildung) (SJOSTROM et al., 2017) não poderia ser assegurada exclusivamente por meio da exposição das considerações de tais autores sobre o significado do conceito também de preconceito, pois os alunos que recebessem excelentes notas nas avaliações sobre as observações dos pensadores citados poderiam, ao sair das salas de aula, reunir-se informalmente com os colegas e rir de anedotas preconceituosas. Sendo assim, torna-se relevante observar que uma pessoa considerada culta não pode ser imediatamente identificada como formada no sentido aqui exposto. Ou seja, alguém ser caracterizado como culto não implica ser identificado como efetivamente humano, como se essa fosse uma relação de causa e feito. A possibilidade de rememorar a presença da dimensão ética no processo formativo, e de fomentar a consciência moral do aluno balizou-se no desenvolvimento da relação ambivalente de surveillance upon the student’s attitudes. In conclusion, teachers and students need to be re-signified in their identities, which implies questioning the ambivalent relationships that have always characterized them in the context of digital culture.